Reciclagem dispara na região do Minho


O Minho é uma das regiões da União Europeia mais preocupada com as questões ambientais, já que os seus 24 concelhos dos distritos de Braga e Viana do Castelo mostram um grande trabalho feito no tratamento dos resíduos e da água nos últimos dez anos. A revelação é feita no livro ‘Pela Nossa Terra-2013’, da autoria do eurodeputado José Manuel Fernandes, que é apresentado hoje ao público, no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, em Barcelos.

Um dos dados que mais se destaca na publicação é o facto de a produção de resíduos ter efectivamente reduzido em praticamente todos os concelhos minhotos, com excepção de Caminha e Vila Nova de Cerveira.

Segundo informações do Instituto Nacional de Estatística, em 2002, cada habitante das regiões que constituem o Minho - Cávado, Ave e Minho-Lima - recolhia apenas 15/16 quilos de resíduos urbanos. O grande boom aconteceu em 2008/2009 - precisamente a altura em que cada habitante passou a recolher o dobro e até mais do triplo dos resíduos. Desde então e até agora, o número de quilos de resíduos recolhido selectivamente por habitante diminuiu para os 45/50 quilos - resultado também da forte sensibilização para estas questões, mas também pela necessidade de uma maior poupança por parte das famílias.

“A produção de resíduos - a avaliar pelas quantidades recolhidas, por sistemas cada vez mais eficientes e abrangentes - tem diminuído nos últimos anos. A crise económico-financeira é apontada como uma das principais causas desse fenómeno. Seja pela necessidade de poupança, seja pela consciencialização de melhorar a gestão do consumo e controlo das compras, o conceito de prevenção ao nível dos resíduos está a fortalecer-se na sociedade civil”, justifica José Manuel Fernandes.

“Evitar desperdícios”

“Todos reconhecemos que podemos melhorar de forma significativa no que diz respeito à prevenção, reciclagem e valorização dos resíduos, o que contribuiria para a sustentabilidade dos recursos, a defesa da saúde pública e uma melhor qualidade de vida”, indica o eurodeputado.

Com os olhos postos numa melhor eficiência, o eurodeputado defende como primeira prioridade “a prevenção” - isto é, “evitar a produção dos resíduos, conseguindo-se dessa forma elevados ganhos económicos e ambientais. Tal prioridade faz-se com legislação e com sensibilização da população. O cidadão europeu, imbuído de uma renovada e participativa atitude ecológica e ambiental, ajudará a atingir essa prioridade”.

2013-02-01 - Correio do Minho

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