Petição quer impedir que luz se apague no concelho

O concelho de Barcelos vai estar totalmente ‘às escuras’ a partir deste mês e não se sabe, ainda, por quanto tempo. A autarquia, liderada pelo socialista Miguel Costa Gomes, tomou mais uma medida de contenção das suas despesas e, neste caso, decidiu cortar na iluminação pública. Uma medida que, todavia, não tem sido recebida da melhor maneira pelos barcelenses, depois dos cortes drásticos, também na iluminação efectuados por altura do Natal, estando já a circular no facebook uma petição pública contra a medida.



A medida estipula, assim, que toda a iluminação pública seja desligada, em todo o concelho, a partir das 02 horas e já começou a ser executada desde o início do mês, progressivamente, em toda a área barcelense, procedendo-se ao ajustamento e substituição dos relógios astronómicos pelos técnicos da EDP.

“Sendo Barcelos, o maior concelho de Portugal é inadmissível que todas as suas 89 freguesias estejam sem luz pública durante a noite. Estamos em tempos em que todos necessitamos fazer sacrifícios e poupar nos desperdícios, aceitamos que se reduza a luz pública mas queremos sentir-nos seguros durante a noite”, assim aponta o barcelense António Novais, que lançou a petição on-line, através da página do facebook da rádio Cávado, com vista a recolher o máximo de assinaturas possível.

“Isto não é um problema político, é um problema de segurança”, refere na petição.
Numa missiva enviada aos munícipes, o presidente da câmara de Barcelos explica a necessidade de ter que tomar esta medida de austeridade para os habitantes do concelho para “fazer face à subida da taxa de IVA para 23 por cento e ao agravamento da tarifa eléctrica em quatro por cento”.

“O corte na iluminação pública é mais uma das medidas tomadas pela câmara de Barcelos com vista a reduzir os custos com a electricidade, depois de, já anteriormente, ter decidido reavaliar os gastos de energia eléctrica nos edifícios municipais e, nesta quadra natalícia, ter diminuído drasticamente a despesa com a iluminação de Natal”, refere Miguel Costa Gomes na carta que enviou aos barcelenses.

Já não é a primeira vez que a autarquia corta nas despesas de iluminação pública. Já no início da década de 90, sensivelmente, os barcelenses apontam que a medida, também, havia sido tomada para fazer frente a dívidas. Um passado que ainda está ‘fresco’ na memória, que parece querer voltar a repetir-se.

25-01-2012 - Correio do Minho

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