Em Nairobi, capital do Quénia, há um bairro de lata, o Soweto, onde funciona uma escola com uma aula de Português.
É para crianças daquela escola que uma turma do IPCA, em parceria com a ADDH — Associação de Defesa dos Direitos Humanos, uma organização não governamental portuguesa, fundada e dinamizada pela professora Laura Vasconcellos, se propõe agora proceder à recolha de material escolar. Aceitam-se livros escolares, literatura infantil, lápis, cadernos, marcadores, plasticina, réguas, borrachas, giz ou afias.
Até dia 9 de Janeiro
A iniciativa conta no IPCA com a parceria dos Serviços de Acção Social, bem como com os apoios e colaboração da biblioteca e do gabinete de relações internacionais, tendo definido o objectivo de entregar o material dia 9 de Janeiro em Lisboa para o fazer chegar ao Quénia.
Até àquela data quem quiser oferecer material pode depositá-lo em Barcelos nos diversos pontos de recolha que o IPCA disponibiliza.
O próprio presidente do IPCA, João Carvalho, ao ver ontem um filme com a escola frequentada pelas crianças a quem estes materiais se destinam confessou-se emocionado, lembrando a escassez de condições que ele próprio testemunhou em Timor-Leste.
Alunos do IPCA vão no próximo ano também cumprir acção de voluntariado no Quénia.
João Carvalho: “Em Timor não havia giz”
“Em Timor não havia giz”, recordou ontem João Carvalho, o presidente do IPCA. Confessando-se emocionado ao ver o vídeo da escola em Nairobi, ao ar livre, evoco u a sua passagem por aquele país antes de assumir funções em Barcelos. “O apagador eram os lenços de papel que eu comprava e para me deslocar comprei uma bicicleta que quando me vim embora ofereci ao aluno mais carenciado”, revelou.
Na aula em Português de que ontem se observou um pequeno trecho, percebia-se que o professor comunicava com as crianças em Inglês para lhe ensinar Português, fazendo traduções. “The cat is on the table”. O aluno no quadro escreveu “O gato está en cima da mesa”. A professora corrigiu “en” para “em”.
Promover em países como o Quénia e o Nepal a cooperação em domínios como a alimentação, a educação, a saúde e a assistência a mulheres e crianças são propósitos prossegidos pela Associação de Defesa dos Direitos Humanos, a organização não governamental (ONG), fundada em 2006, com a qual a turma do IPCA agora colabora.
Na apresentação que ontem fizeram daquela ONG, os alunos do IPCA realçaram que a sua acção não se limita a prestar assistência mas procura também acrescentar 'empowerment' (um termo da gíria das relações internacionais), procurando uma acção “duradoura e sustentável”.
Além de insistir na mensagem do livro ‘Empenhai-vos’, de Stéphane Hessel, a professora Isabel Ferreira, responsável pela cadeira de Gestão das Instituições Sociais e Culturais, lembrou a sua própria experiência como voluntária, na Guiné-Bissau e em Angola e garantiu ao CM que esta sua vivência foi fundamental para a sua formação humana e profissional.
Uma aluna esteve recentemente de passagem por Moçambique. Uma e outra testemunharam as condições miseráveis em que as populações daqueles países sobrevivem, entre as quais as crianças.
Com estes testemunhos apelaram à concretização da acção: que se ofereçam efectivamente os materiais.
Até dia 9 de Janeiro
A iniciativa conta no IPCA com a parceria dos Serviços de Acção Social, bem como com os apoios e colaboração da biblioteca e do gabinete de relações internacionais, tendo definido o objectivo de entregar o material dia 9 de Janeiro em Lisboa para o fazer chegar ao Quénia.
Até àquela data quem quiser oferecer material pode depositá-lo em Barcelos nos diversos pontos de recolha que o IPCA disponibiliza.
O próprio presidente do IPCA, João Carvalho, ao ver ontem um filme com a escola frequentada pelas crianças a quem estes materiais se destinam confessou-se emocionado, lembrando a escassez de condições que ele próprio testemunhou em Timor-Leste.
Alunos do IPCA vão no próximo ano também cumprir acção de voluntariado no Quénia.
João Carvalho: “Em Timor não havia giz”
“Em Timor não havia giz”, recordou ontem João Carvalho, o presidente do IPCA. Confessando-se emocionado ao ver o vídeo da escola em Nairobi, ao ar livre, evoco u a sua passagem por aquele país antes de assumir funções em Barcelos. “O apagador eram os lenços de papel que eu comprava e para me deslocar comprei uma bicicleta que quando me vim embora ofereci ao aluno mais carenciado”, revelou.
Na aula em Português de que ontem se observou um pequeno trecho, percebia-se que o professor comunicava com as crianças em Inglês para lhe ensinar Português, fazendo traduções. “The cat is on the table”. O aluno no quadro escreveu “O gato está en cima da mesa”. A professora corrigiu “en” para “em”.
Promover em países como o Quénia e o Nepal a cooperação em domínios como a alimentação, a educação, a saúde e a assistência a mulheres e crianças são propósitos prossegidos pela Associação de Defesa dos Direitos Humanos, a organização não governamental (ONG), fundada em 2006, com a qual a turma do IPCA agora colabora.
Na apresentação que ontem fizeram daquela ONG, os alunos do IPCA realçaram que a sua acção não se limita a prestar assistência mas procura também acrescentar 'empowerment' (um termo da gíria das relações internacionais), procurando uma acção “duradoura e sustentável”.
Além de insistir na mensagem do livro ‘Empenhai-vos’, de Stéphane Hessel, a professora Isabel Ferreira, responsável pela cadeira de Gestão das Instituições Sociais e Culturais, lembrou a sua própria experiência como voluntária, na Guiné-Bissau e em Angola e garantiu ao CM que esta sua vivência foi fundamental para a sua formação humana e profissional.
Uma aluna esteve recentemente de passagem por Moçambique. Uma e outra testemunharam as condições miseráveis em que as populações daqueles países sobrevivem, entre as quais as crianças.
Com estes testemunhos apelaram à concretização da acção: que se ofereçam efectivamente os materiais.
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