Um oceano de Cruzes e gente

“Penso que estavam todas, se não me enganei” — perguntamos a um barcelense sénior, com conhecimento do assunto.
—“Não se enganou, não. Já as sei de cor” — esclareceu-nos.
Esta é muitas vezes a grande curiosidade da Procissão que constitui o ponto alto da Festa das Cruzes: saber se as 89 cruzes das freguesias de Barcelos cumpriram a tradição.
No última dia da Festa das Cruzes e feriado municipal, as ruas da Cidade do Galo encheram-se de gente. Dezenas de milhares de pessoas acompanharam a Procissão da Invenção da Santa Cruz, ao longo das ruas da cidade, desde a saída da Igreja Matriz.
Depois dos cavalos da GNR, a fanfarra dos Bombeiros de Barcelinhos marcava o ritmo do cortejo, com dezenas de figurados e meia dúzia de andores com images ou cruzes alusivas à Paixão de Cristo.
De vez em quando surgiam, com as respectivas bandeiras, algumas das associações mais representativas que “tratam dos crucificados do nosso tempo”, como a Casa do Menino Deus, APAC, GASC, APACI, Equipa Sóco-Caritativa de Santa Maria Maior, Cruz Vermelha, Associação de Paramiloidose, bem como outras instituições, por exemplo, o Colégio La Salle e diversas confrarias, entre elas as da Real Colegiada de Barcelos.
Depois das cruzes acompanhadas de três mordomos e um adolescente que empunhava o nome da freguesia, apareceu o Pálio, presidido por José Paulo Abreu, Vigário geral da Diocese.
No termo do cortejo, antes da Banda de Oliveira, as autoridades políticas, militares, culturais e académicas mais representativas do concelho de Barcelos.

04-05-11 - Correio do Minho

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