Festa das Cruzes: Chuva florida

As principais ruas de Barcelos foram invadidas, ontem à tarde, por flores, e chuva numa 'batalha saudável' lançada desde carros enfeitados que desceram à rua colorindo as artérias por onde passavam. Cumpriu-se a tradição da 'batalha das flores' na Festa das Cruzes, com mais seis grupos presentes que no ano passado.


Ainda a tarde estava a começar e as pessoas já se iam acomodando junto pelos passeios e praças esperando o cortejo mas depressa tudo ficou bem molhado, apesar dos vendedores ambulantes oferecerem dois guarda-chuvas por cinco euros.
A tradição, recuperada recentemente, trouxe à rua colectividades ou grupos informais que recolhem flores e enfeitam carros para manter viva a tradição que alude à Primavera. A verdadeira ‘bata-lha’ ocorre na Avenida da Liberdade onde o cortejo se cruza e ninguém escapa às flores que circulam pelo ar e depois passam a cobrir o chão.


São toneladas de flores que são atiradas aos grupos que se cruzam e aos assistentes nos passeios, desde cravos, a rosas sem esquecer as camélias e outras com papelinhos.
O festival de cor e alegria — porque a chuva não intimidou os elementos dos 22 grupos — manteve toda a sua força, apesar destas limitações que forçaram muita gente a abandonar os passeios onde se tinham apeado para ver o desfile que abriu com a Banda do Galo do Círculo Operário Católico, de um lado, e o Bombeiros de Barcelinhos, do outro.


A 'saraivada’ de flores durou uma boa meia hora, protagonizada por associações como o Grupo Folclórico da Casa do Povo de Martim, a Associação Desportiva e Cultural de Gilmonde, a Banda Plástica, a ACUDELPE e Pereira, o Rancho de Aguiar, com o seu ciclo do linho, e a Associação Viver Macieira. A Santa Casa de Misericórdia de Barcelos, com um carro alusivo ao Ano Europeu do Voluntariado, animou também a batalha em que participaram os Jovens de Alvelos e o Grupo Etnográfico de Aldreu.
Quem marcou presença foi a Escola de Tecnologia e Gestão da Empresa Municipal de Educação e Cultura cujos alunos se cruzaram com os Pais e Amigos das Escolas de S. Eulália.


Os Zés P’reiras de Fragoso, o Rancho de Moure, a JUCOTA de Macieira, o Centro Social de S. Teotó-nio e Barqueiros em Flor juntaram-se aos Amigos de Courel e os Zés P’reiras de Barcelinhos fecharam o ‘combate’ com toda a galhardia.

Bandas e ranchos enchem o dia

Para hoje, o Programa das Cruzes, em Barcelos, enche-se com tradição minhota nos ritmos, nas melodias e nos trajes, a partir das 10 horas. Às 22 horas, a etnografia dá lugar à dança moderna, com ARCA, na Avenida da Liberdade, seguindo-se a Meia Queima na Frente Ribeirinha e o fogo do ar no Jardim das Barrocas encerra o programa de hoje. Amanhã, à noite, Tony Carreira é o centro das atenções, às 21,30 horas, até nova sessão de fogo no Jardim das Barrocas.

01-05-11 - Correio do Minho

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